segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O que é isto? 20.000 acessos!!!






Acessos e acenos

Neste final de semana (sábado, dia 12/12, bela e equilibrada data), os acessos a este blog chegaram à casa dos 20.000. Pensei, ou melhor, tentei pensar mas confesso: é difícil, quase impossível quantificar a intensidade de tantos acenos, de tanta presença invisível e ao mesmo tempo tão constante neste espaço. 20.000 pessoas ou 20.000 vezes um número um pouco menor de pessoas leram minhas histórias, reviveram, junto de mim, minhas memórias, viajaram – pela primeira vez para essas pessoas, e de novo para mim – a meu lado. E, tentando entender esse fenômeno, fiz os cálculos.
Há quanto tempo este blog passou a ocupar um espaço no infinito espaço da blogsfera? O primeiro post, Alice não mora mais aqui, foi postado em meados de junho, portanto há seis meses. Seis meses, no Brasil, por exemplo, é o tempo em que um livro leva para vender, em média 1.000 exemplares. Nem muito mais, nem muito menos. Se for muito mais, será best-seller. Se for muito menos, um fracasso. Mas... 20.000? Isso é público para sucesso, seja num show (no caso de um teatro, como o mais notável de Porto Alegre, o São Pedro, com capacidade total de 700 pessoas, seriam necessárias 29 sessões praticamente lotadas), seja numa peça, seja numa passeata. Tem livro de autor consagrado que não vende 20.000 exemplares em seis meses nem que a vaca tussa.
Como saber a razão de tamanha fidelidade, de tanto interesse? Difícil, senão impossível. Afinal, só se cada visitante desta página deixasse um comentário justificando por que faz isso é que eu compreenderia as suas motivações, necessidades, e a dimensão do meu acerto.
Porém, como a maciça minoria - por timidez, provavelmente – é quem deixa os pouquíssimos comentários (sempre uma alegria redobrada para mim), e a gigantesca maioria faz seu passeio de voyeur e depois vai-se embora quietinha, quietinha, fico com esse enigma.
O que terá levado 20.000 cabeças e mãos a apertarem o mouse e digitarem o endereço que traz essa multidão a uma região que sequer eu conheço direito? Não sei. Um dia, quem sabe, entenderei a razão legítima. O dia em que talvez eu própria já esteja habituada a esse espaço no qual sempre me perco. E só me perco nele porque é só nele que poderia, quem sabe, me encontrar.
Obrigado por se perderem juntos. Obrigado pela procura de cada um, particular, pessoal, secreta. E compartilhada ao mesmo tempo.
20.000 acessos. É de se comemorar!
Mais que com um brinde. Com um texto – como este, que os recebe de tela e braços abertos..

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