sexta-feira, 30 de abril de 2010

As grandes amantes da História

Agora estou lendo o livro AS GRANDES AMANTES DA HISTÓRIA, da Princesa Michael of Kent. É mesmo maravilhoso. E considerando o blog da Marta, repleto de nobreza e realeza parisiense (além de européia em geral), não houve escolha mais oportuna prá encontrar as origens da magia francesa neste livro e viajar melhor ainda naquilo que Marta nos revela.

A autora (uma mulher) relata a vida e o contexto em que viveram seis amantes famosas de reis europeus. Busca encontrar a psicologia e as necessidades destas mulheres audaciosas, na época. A primeira, Diane de Poitiers, amante oficial do rei Henrique II da França, filho de Francisco I, já revela o que eu acho será mesmo o coração da implantação do renascimento chique, elegante e divino na França, e que sobrevive até hoje em nosso imaginário e realidade pulsante.

Eu recomendo muito a leitura desse livro, que é deliciosa e contagiante. A gente começa a querer saber mais e mais. Por exemplo, ali está revelado que Leonardo da Vinci, a convite de Francisco I, passou um tempo na sua corte. E antes de ir embora, presenteou o rei com duas das suas pinturas, entre as quais,..., Monalisa. Eu não sabia disso! Agora fica claro o porquê esta obra italiana, está até hoje no Louvre, francês. Não foi compra nem apropriação, foi "presente" do próprio artista. Que luxo!!!Eu fico emocionada com descobertas deste gênero.

Observem este parágrafo bárbaro que faz parte da introdução do livro, escrito pela autora:

"Enquanto a maioria das damas da classe alta da Inglaterra do século XVIII não sabia nem ao menos ler e escrever, o nível cultural global na França, bem como os talentos dos habitantes do país, eram bem maiores do que os de qualquer outra nação da Europa. Este fenômeno começou com a criação dos salões literários das damas da aristocracia francesa, que misturaram pela primeira vez os membros mais brilhantes e cultos de todas as classes sociais. A conversa tornou-se uma arte. O patrocínio foi estimulado, e idéias trocadas com a intenção de elevar o padrão e a qualidade de vida. Deslumbradas, as cortes européias copiavam religiosamente o protocolo, a etiqueta, os costumes e a moda da corte de Versalhes e dos salões de Paris."

A CONVERSA TORNOU-SE UMA ARTE. Eu tenho muita saudade deste tempo que nem vivi...!!! Well, com certeza quando eu for a Paris será com uma paixão atávica, como se já fizesse parte de mim. Só por causa deste livro e de Diana de Poitiers, a personificação da DEUSA DIANA, retratada em pinturas famosas, que para mim, até então, não passavam de "mais uma" entre a grande quantidade de pinturas de damas da renascença.

Agora no inverno,..., com foguinho na lareira,..., não tem pedida melhor.

Carla Volkart

Nenhum comentário: