segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Tenho orgulho de ter feito parte da infância destes dois jovens!
Eles estão estruturados para fazer o bem, para fazer uma política séria, com respeito herdado por Jango e Brizola.
Os dois tem uma carreira política promissora, foram criados dentro da política, o Christoffer, inclusive, nasceu no exílio.

Bonito da Zero Hora ter dado este espaço e oportunidade a estes dois jovens, na semana da Expointer.


30 anos de injustiça
Escrito por Christoffer Goulart


Você compactua com a idéia de que a Lei de Anistia de 1979 deveria alcançar crimes comuns praticados por agentes públicos? Está de acordo eu perdoar homicídios, abuso de autoridade, lesões corporais, desaparecimento forçado, estupros e atentado violento ao pudor contra opositores do Regime Militar? Se sua resposta for positiva, estará de acordo aos pareceres da Procuradoria Geral da República e Advocacia Geral da União.
Agora, se você, como eu, tem a convicção de a Lei 6.683/1979 está impregnada de injustiças, acompanhe ao julgamento do STF na sessão do dia 14 de abril. Uma Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental ajuizada pela OAB será apreciada, tendo como relator o Ministro Eros Grau. Será um momento ímpar na história brasileira de começarmos a prestar contas pelo terrorismo de Estado praticado num passado recente.
Não cabe mais o argumento de que a Lei não poderia ser revista em função de que “resultou de um longo debate nacional, com a participação de diversos setores da sociedade civil, inclusive da OAB”. Por um motivo muito simples. Em 1979 a ditadura repressora continuava a pleno vapor, e não existiam as liberdades democráticas, hoje consolidadas, para tratar de um tema tão polêmico. Então, a interpretação correta é de que tal Lei foi imposta arbitrariamente nos termos de conveniência da ditadura. Não há justiça. Há cegueira proposital.
E antes que saltem os defensores de frases prontas, contrapondo-se a uma idéia de justiça em razão de um suposto “revanchismo”, vamos recordar dos fatos ocorridos nos campos de concentração nazista. Durante a ditadura militar ocorreram fatos semelhantes, mesmo que em menor proporção, mas no mesmo nível de crueldade. Isso é imperdoável. Crimes assim, como a tortura, são crimes de lesa a humanidade.

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