Em meio às filmagens do longa “Faroeste Caboclo”, em Brasília (DF), Troncoso conversou com o Yahoo! Brasil sobre seu personagem, a carreira como ator e a necessidade de uma maior integração entre as culturas da América Latina. “O que falta para nós é que o Mercosul deixe de ser apenas comercial e se torne cultural também”, decreta.
Troncoso ficou conhecido no circuito nacional após protagonizar o longa “O Banheiro do Papa” (2007), primeiro longa-metragem de César Charlone - indicado ao Oscar de melhor fotografia por “Cidade de Deus" (2002). Desde então, ele já filmou no país produções como “Cabeça a Prêmio” (2009), “Em Teu Nome” (2009) e “Circular” (2011). “Sempre faço papéis de latino-americanos porque não há como perder o sotaque”, diz o ator, que apesar da modéstia já se sai muito bem no português. “Minha família veio da região da Galícia, que fala uma mistura de espanhol e português.”
Em “Faroeste Caboclo”, o uruguaio dá vida ao personagem que na letra de Renato Russo leva o protagonista João de Santo Cristo (Fabrício Boliveira) a “se virar” como traficante em Brasília. Para Troncoso, Pablo é uma espécie de sobrevivente, que faz o que for preciso para continuar vivendo, mesmo que tenha que ir para o caminho da contravenção.
“O Brasil é um país de muitos contrastes, e o filme fala disso. Quem nunca viveu na miséria pode ter dificuldade para entender os caminhos que alguns escolhem. O Pablo quer que a sua vida dê certo do jeito que ele conhece, seja trazendo contrabando da Bolívia, o que for. Porque se ele não fizer isso, ele simplesmente não come”, diz.
Segundo Troncoso, a história do longa fala do choque entre ricos e pobres que surge na Brasília dos anos 80. “Pode-se fazer a cidade mais modelo, mais linda de todas, mas sempre vai existir uma disputa por espaço, e isso gera violência”, completa.
Mercosul
Como ator atuante no Uruguai, no Brasil e na Argentina, Troncoso afirma que falta uma maior integração cultural entre os vizinhos latino-americanos. “Nós assistimos mais às produções norte-americanas do que as de países da própria região. Argentina e Chile têm feito filmes maravilhosos, mas pouco sabemos do Equador, por exemplo.”
O ator, que começou na carreira após ter cursado 1 ano de medicina e se divorciado, conta que a produção cinematográfica no Uruguai entrou em ebulição mesmo só nos anos 2000. “São feitos uns quatro, cinco filmes por ano. Pode parecer pouco, mas estamos bem se considerarmos que o país é bem menor que o Brasil.”
Fonte: yahoo
Um comentário:
Eu amo Cesar Troncoso é um magnífico ator, uma vez que eu vi na ou Mesmer, eu me apaixonei e eu o admiro por assumir riscos nos papéis que ele escolhe
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