quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Pensar demais queima calorias?


Editora Globo
Cientistas realizaram estudo para descobrir se a malhação cerebral também deixa o corpo esbelto
por Redação Galileu
Você já deve ter experimentado a sensação de ficar exausto depois de passar por uma situação mentalmente estressante. Uma prova muito difícil, uma fase particularmente desafiadora no vídeo-game ou até mesmo o sudoku mais difícil do mundo. Não há dúvida que dá pra se cansar sem se levantar do sofá.


Cientistas do Centro Nacional de Informação da Biotecnologia dos EUA resolveram estudar o tema, partindo da seguinte pergunta: será que esse esforço de concentração queima mais calorias que o de costume? Será que um exercício mental pode, no fundo, representar também um exercício físico?


O teste desenvolvido pela equipe funcionou assim: 14 garotas canadenses foram submetidas à diferentes testes cognitivos e de memória por 45 minutos. Como elas estavam em jejum, foi possível analisar como o organismo delas consumiu energia durante o experimento. As 14 estudantes consumiram, em média, 200 calorias a mais que as participantes que ficaram relaxadas, apenas olhando o exercício. O nível de glicose no sangue também variou muito mais no corpo daquelas que tinham que parar e pensar como resolver as questões.


Embora o cérebro humano de um adulto pese 1,4 quilos - apenas 2% do peso total do corpo - ele demanda 20% da nossa Taxa Metabólica de Repouso (RMR, na sigla em inglês), a quantidade total de energia que o nosso corpo gasta durante um dia preguiçoso e sem muito esforço. 


Apesar dos indícios, os pesquisadores ainda estão céticos e não cravam que a concentração, digamos, emagrece. A hipótese levantada é que a fome sentida após os testes é mero fruto do stress causado pela concentração, especialmente quando ela é empregada em uma atividade maçante e obrigatória. Como todos nós sabemos, comer dá uma sensação agradável que pode aliviar as mais diferentes situações de mal-estar.


O coordenador da pesquisa sintetizou o que pensa de nosso querido órgão após realizar o estudo: ele diz que o cérebro “é um vagabundo preguiçoso”, que simplesmente “não gosta de trabalhar tão duro por tanto tempo.” Então tá.


Fonte: Revista Galileu

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