sábado, 4 de junho de 2011

A Mulher Na Literatura Brasileira

A mulher historicamente teve um papel secundário. Relegada ao espaço doméstico, as mulheres viviam enclausuradas. As meninas, desde cedo, aprendiam as prendas domésticas, preparando-se para o casamento. Saiam do jugo do pai, para entrar debaixo do jugo do marido, seu chefe. Sem direito a aprender a ler, escrever e votar.

Houve desde o século VI alguns nomes femininos com relevante atuação em suas comunidades: heroínas, guerreiras, beneméritas,administradoras como Ana Pimental, que geriu a capitania hereditária em lugar do seu marido.

A imprensa inexistia no Brasil. colônia, só facultada por D. João em 1808. Assim desde a década de1820 a mulher começou a  expressar em letra de forma seus sentimentos, anseios e ideais. Interessante que foram as mulheres as primeiras a produzir literatura, porque ao homem cabia atividades expansionistas e econômicas.

De abrangência  nacional,as primeiras intelectuai foram:  a sul rio-grandense Maria Clemência da Silveira Sanpaio com suas  Poesias de exaltação ao imperador, em 1823, Nísia Floresta, do Rio Grande do Norte, com sua  Tradução Feminista, em1832, a cega Delfina Benigna da Cunha de São José do Norte, RS com suas poesias sentimentais e sofridas, em1834. Ana Eurídice de Barandas de Porto Alegre, em 1845, trouxe poesias e crônicas de denúncia à Guerra dos Farrapos, Ana Luiza de Azevedo Castro, de Florianópolis e Maria Firmina dos Reis,do Maranhão, foram as primeira romancista, em 1859. Nísia Floresta Brasileira Augusta publicou seu primeiro Livro: ”Direitos das mulheres e injustiça dos homens “, em 1932 e o primeiro a tratar dos  direitos das mulheres à instrução e ao trabalho.

Em 1910, Raquel de Queiroz, de Fortaleza, ensaísta, cronista, dramaturga, tradutora, em 1940, integrou a União das Classes Femininas do Brasil. Recebeu o  prêmio Machado de Assis, em 1977, da Academia Brasileira de Letras, na qual foi a primeira mulher a ingressar, em 1977. Também romancista.

Escreveu o Quinze (1932), Caminho de pedras, (1937). Muitas de suas obras são traduzidas no estrangeiro.

No regime militar, algumas escritoras se posicionaram contra o governo ditatorial, revelando suas posições politicas como Nélida  Pinõn.Eleita para a Academia Brasileira de Letras(1989), foi  a primeira mulher a presidir a entidade, em 1996. Nossa gaúcha Lila Ripoll, professora, poetisa.

Foi militante comunista, desde o assassinato de seu irmão.
Ganhou o prêmio Pablo Neruda com Poemas e canções, em 1957.

O rol das grandes escritora do século XX é vasto:
Cecília  Meirelles, Lígia Fagundes Telles, Clarice Lispector, Hilda Hist , Marina Colassanti, Lya Luft, Maria  Dinorath do Prado, Patrícia Bins,Marta Medeiros, Letícia Wierzchowski e tantas outras.

As mulheres vêm conquistando seu espaço na literatura.

Atualmente  está surgindo uma plêiade de escritoras e poetisas  jovens, outras nem tão jovens,  que se espalham pelas  editoras  com suas obras  literárias. A Historiadora  Hilda Flores buscou as escritoras para seu livro “ Dicionário de mulheres”, que já está no prelo e vai ser  lançado em Porto Alegre, em 17 de maio próximo.

Ela escreveu o “Dicionário de Mulheres” , em Porto Alegre, em  1999.. Surgiram também  muitas Academias  Literárias  femininas. Com a internet é infindável  o número de escritoras com seus sites, seus blogs e seus twitters.

As mulheres de hoje deixaram de ser Amélias, para navegarem  em todos os setores da sociedade e no mundo das letras.

Bibliografia: Flores,Hilda –Dicionário de Mulheres - 1999.


por:Suely Braga
http://www.artistasgauchos.com.br/portal/?cid=520

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