O processo de secagem das frutas garante a permanência quase todas as vitaminas e minerais
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RIO - Dieta remete a frutas. Mas, para não sair de casa com uma sacola de feira para "comer de três em três horas", uma boa alternativa são as desidratadas. A praticidade é uma das grandes vantagens de damascos, ameixas, tâmaras e figos secos, isso sem falar nas oleaginosas, como nozes, amêndoas e castanhas do Pará e de caju.
- Elas não estragam com tanta facilidade, o que permite deixar na bolsa ou na gaveta do escritório para matar aquela vontade de um docinho no fim da tarde e deixar o chocolate de lado - ressalta a nutricionista funcional Gabriela Maia.
O processo de secagem mais utilizado, a liofilização, garante a permanência quase todas as vitaminas e minerais da fruta original, só ficando de fora a vitamina C. Algumas frutas secas, inclusive, encabeçam a lista do índice ORAC, que mostra o poder antioxidante dos alimentos. A ameixa seca, por exemplo, ganha de longe das frutas vermelhas que não passaram pelo processo.
Esses petiscos naturais também são ricos em fibras alimentares. Seis gramas de damasco fornecem 24% das necessidades diárias. Gabriela lembra que, no caso das oleaginosas, a gordura monoinsaturada ajuda na manutenção dos bons níveis de colesterol e glicose sanguíneos.
- Uma dica de consumo é fazer um mix de frutas secas com amêndoas, nozes, castanhas... Essa mistura garante o docinho da fruta seca e tem aumentada a saciedade pela gordura boa das oleaginosas - diz Gabriela.
Mas é bom ficar de olho porque, por ser desidratada, a fruta concentra mais o açúcar natural, a frutose. Segundo Gabriela, a ameixa fresca contém 70 calorias, já sua versão seca chega a 250. O consumo moderado também vale para as frutas oleaginosas, que são ótimas para à saúde, mas bastante calóricas:
- A diferença é grande, então pessoas que estão em processo de emagrecimento devem ter parcimônia no consumo. Outro grupo que deve ter cuidado com as frutas secas são os diabéticos ou pessoas com glicose acima dos níveis normais.
De acordo com a nutricionista funcional Flávia Cyfer, quem possui síndrome fúngica, com sintomas como baixa libido até alergias exacerbadas, também não deve consumir as frutas secas. O mesmo é indicado para quem tem candidíase de repetição e cistite recorrente. Flávia também ressalta que é importante observar na embalagem se há adição de sulfito para preservação das frutas, pois ele causa inflamação no organismo e reações alérgicas, principalmente asma, bronquite e urticária. As uvas passas claras tendem a conter esse conservante.
Além de petiscos durante a tarde, as frutas secas também podem ser usadas para adoçar sucos:
- É melhor usar uma colher de sopa de uva passas do que de açúcar refinado, pois assim adoçamos da mesma forma, mas temos diversos nutrientes e fitoquímicos de brinde - explica Flávia.
Optar por uma seleção de algumas frutas é uma boa dica para obter todos os nutrientes que cada uma delas pode oferecer. O figo seco, por exemplo, é riquíssimo em cálcio. As ameixas secas, além de exercerem seu efeito laxativo, são fontes de boro e vitamina K, nutrientes essenciais para a formação óssea. O damasco se destaca por conter betacaroteno. Entre todas elas, Flávia destaca a goji berry, as frutinhas que parecem uma uva passa versão vermelhinha:
- Elas são fantásticas, com alto teor de aminoácidos, incríveis concentrações de vitaminas como C, E e do complexo B, além de uma quantidade e variedade de antioxidantes tão grande que parece até brincadeira... Essas devem ser incluídas na colação ou lanchinho, pois atuam como coadjuvante no antienvelhecimento, saúde, beleza e longevidade. Tudo o que qualquer mulher quer.
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